MALHÃO DE IR AO MEIO
A coreografia deste malhão, de meia volta, a quem intitulam de “Barquinho”, por força dos seus movimentos, reflecte na altura em que os homens vão ao meio, a importância que os malhadores do meio tinham nas malhadas, que deram o nome ao malhão, a dança padrão de Vila Verde e do Baixo Minho.
1ª PARTE: Formados em círculo ou roda, os pares, com homens e mulheres colocados alternadamente, logo que a música se inicia, serram;
2ª PARTE: À voz do marcador, os pares dão meia volta para a frente, desfazendo-a com meia volta para trás. Neste movimento, feito por duas vezes, está a origem da denominação de “Barquinho”;
3ª PARTE: Logo a seguir à última meia volta para trás, a voz do marcador anuncia a ida ao meio e, nessa altura, os homens passando por detrás das mulheres vão ao meio, batendo aí com o pé esquerdo e, as mulheres, por sua vez, dando uma volta sobre si próprias, esperam os homens que entretanto regressam ao seu ponto de partida. Este último movimento é realizado até ao fim da dança.
CLASSIFICAÇÃO DA DANÇA: Malhão que os Vilaverdenses classificam também de Cana Verde.
OUTROS DADOS: Dança considerada de tradição popular.
OBSERVAÇÕES: A coreografia deste malhão mostra-nos uma malhada de centeio, trabalho agrícola já em desuso, e reflecte, na altura em que os homens vão na dança ao meio, a importância que os malhadores do meio tinham nas malhadas, que deram o nome ao Malhão, dança padrão de Vila Verde e do Baixo Minho (Região do Cavado).