O Grupo Folclórico de Vila Verde foi fundado em 1958 com o intuito de preservar e divulgar as tradições etno-folclóricas do concelho de Vila Verde, representando a região do Baixo Minho – Cávado onde se encontra inserido.

Vira de Cruz

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VIRA DE CRUZ

Vira de cruz e trespassado, já que o trespasse também existe na dança.

A configuração da cruz surge imediatamente logo que a dança se inicia no chamado movimento de serrar através duma linha imaginária reflectida nos pares, colocados frente a frente, formados por um ou por dois grupos de quatro pares.

1ª PARTE: Um ou dois grupos de quatro pares, colocados frente a frente e em forma de cruz, como descrevemos anteriormente, iniciam a dança com o serrar;

2ª PARTE: Dessa posição, partem para fazerem um rodopio em ziguezague.

Primeiro os homens, que dão uma volta inteira, uma vez passando junto à mulher pela parte de fora e outra vez pela parte de dentro, conservando as mulheres as posições iniciais. De seguida partem as mulheres, isto logo que os homens terminem a volta inteira, em igual movimento, e desta vez são os homens a conservarem as posições iniciais;

3ª PARTE: Aqui os pares cruzam, trocando, por isso, de posição. Primeiro cruzam um ou dois grupos (conforme o caso) de dois pares, que dão uma volta sobre si, em quatro tempos. Depois cruzam igual número de pares, em movimento idêntico.

Nota: O cruzamento é sempre feito com os pares a passarem uns por dentro e outros por fora.

CLASSIFICAÇÃO DA DANÇA: Vira de cruz e trespassado.

Este Vira pode ser dançado por 1 ou 2 sectores de 4 pares cada.

RECOLHA:

A recolha, ensaios e inclusão desta dança no Grupo Folclórico de Vila Verde, verificada em 1957/1958, foi efetuada por João Lopes da Costa (Calvário), um dos fundadores deste Grupo, já referido. OBSERVAÇÕES: Segundo descrição histórica, esta dança é originária da Carvalhosa, lugar da Freguesia/sede do concelho de Vila Verde, considerado um dos mais típicos deste concelho, e onde o referido João Calvário passou a sua infância e juventude. Como a própria designação indica “Marujinha”, este Vira poderá ter relações com a vinda de romeiros, possivelmente da zona ribeirinha, à Senhora do Alívio, lugar da freguesia de Soutelo onde o referido “Totó Tiago” passou a sua adolescência e juventude.