O Grupo Folclórico de Vila Verde foi fundado em 1958 com o intuito de preservar e divulgar as tradições etno-folclóricas do concelho de Vila Verde, representando a região do Baixo Minho – Cávado onde se encontra inserido.

Trajes Femininos

TRAJE DE ENCOSTA
(Festa ou Domingueiro e variante de Noiva)

A sua origem situa-se nos montes de Vila Verde e Terras de Bouro, sendo vulgarmente conhecido por Traje de Festa ou Domingueiro. Era ou foi o escolhido para a boda e guardado para a mortalha.

A sua expansão em todo o concelho, de norte a sul, verificou-se através da sua variante de Noiva, sendo indiscutivelmente o traje por excelência de Vila Verde.

REPRESENTATIVIDADE:

Por ser aquele que a mulher vilaverdense considerava como seu melhor traje, aquele que guardava religiosamente, o escolhido para a boda, para a festa e Romaria, para o culto e devoção e, por fim, para a mortalha, o TRAJE DE ENCOSTA foi aquele que o Grupo Folclórico de Vila Verde mais peças recolheu.

Por isso, é o traje de excelência de Vila Verde, sendo aquele que confere identidade à mulher vilaverdense. Daí, ser o Traje em maior número representado no grupo folclórico de Vila Verde.

descrição:

– Lenço de tapete (festa) ou véu de tule de algodão bordado a linhas brancas (noiva);

– Casaca ou jaqueta preta, com bordados na gola e nos punhos, guarnecida a vidrilhos, lantejoulas, peles de coelho, cetins, penas, rendas, etc., tudo em preto (festa e noiva);

– Lenço de pedido “namorados” colocado na anca direita, com frases e /ou quadras nele bordadas alusivas ao amor (festa);

– Lenço franjado, de cor diversa, sobressaindo-se dele a ponta em bico e as pontas do nó (festa);

– Saia e avental preto, guarnecidos a vidrilhos, barras de veludo, cetins, penas, peles de coelho, rendas, tudo em preto (festa e noiva);

– Chinelos totalmente pretos ou pespontados a branco e /ou vermelho (festa e noiva);

– Meias brancas rendadas ou lisas, de algodão;

-Brincos à Rainha, os mais usuais, ou argolas; meias libras; cordões; corações; cruzes (festa e noiva);

– Ramo de noiva de flores de laranjeira, com grandes fitas pendentes, de seda branca, colocado no peito sobre o lado esquerdo (noiva);

– Xaile de seda colocado dobrado no braço esquerdo (noiva); Guarda-chuva “sombrinha” (noiva).

TRAJE DA RIBEIRA
(Lavradeira ou de Feira)

Este traje, que se apresenta em importância como o segundo de Vila Verde, tem a sua origem na parte Este e/ou Sudoeste do concelho, sofrendo influências num ou noutro pormenor, mesmo numa ou noutra peça, de outros concelhos limítrofes.

descrição:

– Cachené ou lenço chinês colocado na cabeça e atado na parte posterior do pescoço;

– Colete ou corpete, com ou sem rabos, mais aqueles do que estes, guarnecido a pele de carneira, vidrilhos, fitas bordadas, etc., de cor normalmente em preto, ou de linho bordado a gosto;

– Lenço ou xaile cobrindo o busto; (a)

– Blusa de linho fino, guarnecida a rendas e fita bordada, tudo em branco;

– Saia e avental preto, com barra de veludo, cetim ou merino em preto, guarnecido a renda preta e vidrilhos;

– Meias brancas de algodão;

– Chinelos pretos;

– Argolas ou meias libras (as mais usuais) e outros objectos de adorno (cordões, corações, cruzes);

– Algibeira feita com os mesmos materiais ou similares que guarnecem o colete ou corpete.

Adereços: Cestas com toalhas de linho, sacos de retalhos de pano, de veludo, e guarda-chuva.

TRAJE DE TRABALHO DE USO GERAL OU COMUM

Trata-se de uma variante do Traje da Ribeira, de Lavradeira ou de Feira, sem definição própria na execução do trabalho, isto é de uso geral ou comum para todos eles, composto por roupas mais usadas e/ou mais resistentes.

Descrição:

– Lenço de algodão ou de lã de cor diversa atado na cabeça;

– Colete ou corpete de rabos;

– Lenço de lã ou algodão traçado no busto;

– Blusa de linho mais grosseiro, de confeção simples, sem ser bordada;

– Saia de confeção simples;

– Avental normalmente tecido em teares manuais por ser mais resistente;

– Socos;

– Argolas ou meias libras.

Adereços:

– Foice, corda e sachola, crivo… (utensílios agrícolas).